SONETO DE FIDELIDADE

Não quero a metade do que quer que seja

Não quero promessas sem verdade

Ainda que haja intenções em uma bandeja

Perde-se tudo quando se aceita a metade.

Não quero sonho sem realidade

Desejo sem personalidade

É barco solto na tempestade

Vitima da própria voracidade.

Não quero sentir mais saudade

Do que é precioso por sua raridade

Nem viver presa dessa necessidade.

Não quero nada pela metade,

Quero o instante da eternidade

Alem do imponderável, divindade.