VERSOS ABORTADOS


Nem minhas flores que cultivei tanto,

nas auroras perdidas de meus dias,
nem as estrelas e o brilho que crias...
Podem devolver-me inspiração quanta.
 
Há um horizonte muito escurecido,
sobre o mar em suas ondas ferozes.
Alma insistente em fogaréis atrozes,
que navegam para além do infinito.
 
É um esforço voraz para escrever,
os versos que fogem no turbilhão,
nos pernoites de insônia sem querer.
 
Um poema que persiste em não nascer,
submerso diante da minha emoção.
Confuso dentre as dores do meu ser.


Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 15/04/2010
Reeditado em 15/04/2010
Código do texto: T2199429
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