SE HOUVER AMANHÃ
Se houver amanhã eu vou me embriagar,
bebendo a caridade do servir.
Por que não fiz o meu irmão sorrir?
Por que a indiferença ao vê-lo chorar?
Sinto no peito meu grito explodir,
é minha essência que não quer calar
diante da dor, do choro, do pedir...
Assisto, acomodada, a dor alheia,
o mesmo sangue corre em minha veia...
Eu preciso viver a compaixão!
Amanhã vai brilhar a luz do amor,
vou retirar o espinho e plantar flor,
abrir as portas do meu coração.