Mentiras do coração
Sobre o amor, amigo não me iludo,
Ele passa, não é, e tenho razão
Catedral de santo, onde cabe tudo,
Até amor concluso em comunhão.
Mais logo surge outro, que mudo,
Instala-se naquele grande salão,
Forrando as paredes de veludo
Com o carinho das próprias mãos.
E dos outros que por ali passaram,
Nem as marroxas lembranças ficaram,
Perderam-se nos becos da tua tesão,
Labirinto de esconder verdades,
Pois o amor não é pra eternidade,
É mais uma mentira do coração.