PÓ & MITO
Vento! Vento! Desperta do teu leito!
Olha a noite tão cândida e sapeca,
Na pele degradê, corpo perfeito.
Na linda boca, um riso de boneca!
Apaixonada, cede a passarela,
Para um sonho cadente do infinito
Juntar-se a uma estrela tagarela
Que o teu ciúme vira pó e mito.
Quão belas são as luas celestinas,
Nos bambolês das rotas siderais,
Ainda sem contornos... São meninas!...
Que sentirão a falta, além, depois
De uma estrela e um sonho, já não mais
No mundo, separados, forem dois.
Canoas, abril, 2010/RS
Não autorizo a formatação desse soneto.