Em Troca
Escrevo em nebulosa manhã
Quando tudo está cerrado
Não me descortina porta sã
Meu passado emaranhado.
Dilema oculto à raiz do sol
Lançando mórbidos raios
Cálida sombra em atol
Sobras, putrefação, desmaios.
Entrelaçada, segue miúda a vida
Pela rédea que lha impomos
Saco de juta cobre mente despida
À partida, ensangüentados somos.
Quisera retribuir o mel que me lambuza
Folha, pena, inspiração e musa.