Soneto da Responsabilidade
A beatitude dos versos me anima
São fotogenias seculares a fremir
Escapa-me o caldeirão da rima
Contornos de mel a partir.
Meus versos são de chocolate
Bezerros ferozes chorando ao pé
Arde de púrpuro, nasce e vai-te
Despir à noite pura, tua fé.
Meus versos são doces de coco
Só lhe cuido a não enjoar
Tem óxido a enferrujar
Perolados a assar brasa em toco.
Só o tenho a engordar
Leciona-lo a não errar.