Voa menina, voa!
Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!
E a voz da tua boca soa
Presunçosa em querer cantar.
Piaf era um pássaro sem medo...
Tu não voas, mas quer voar...
E os abismos do teu enredo
É que engole o teu cantar.
A voz minguada, engasgada some.
Abra as asas, escreva seu nome...
Não na lápide, és uma Elis...
E nos campos de flor-de-lis...
Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!