Cão de Caça

Vem ciciando o lebréu

Aos amigos de ofício

Divã no prado, vício

Ipê roxo, zafimeiro céu.

Não há lida a contê-lo

Nem espingarda a vencê-lo

O farejador, com peito na dor

Invade a toca, guiado pelo olor.

Já esverdeia ledo céu

Com a farra, justa peia

Não é velhaco quem cobre

Dá-se o título ao que não morre.

Nem pressionado, coração disfarça

Orgulho assassino, espreita a Dona Garça.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/08/2006
Reeditado em 22/08/2006
Código do texto: T221971
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