Cão de Caça
Vem ciciando o lebréu
Aos amigos de ofício
Divã no prado, vício
Ipê roxo, zafimeiro céu.
Não há lida a contê-lo
Nem espingarda a vencê-lo
O farejador, com peito na dor
Invade a toca, guiado pelo olor.
Já esverdeia ledo céu
Com a farra, justa peia
Não é velhaco quem cobre
Dá-se o título ao que não morre.
Nem pressionado, coração disfarça
Orgulho assassino, espreita a Dona Garça.