Verdade Crua, Nua e Sua

À desmesurada andança do dia

Vai a lua no seio noturno, displicente

Broqueis a guardar o dente

Entorna a volúpia, remela doentia.

Rejeitados apocalipses do firmamento

Maravilha da perfeição terrena

Catarros se lançam ao vento

Sobre íngremes copas de Helena.

Internado no furo acima do peito

Reprova-se a imprudência

Carente no torpor da convivência

Calor moribundo no leito.

Inspira e solta o excremento petrificado

De coisas que mordem, deitam e nos deixam de lado.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/08/2006
Código do texto: T222088
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