Verdade Crua, Nua e Sua
À desmesurada andança do dia
Vai a lua no seio noturno, displicente
Broqueis a guardar o dente
Entorna a volúpia, remela doentia.
Rejeitados apocalipses do firmamento
Maravilha da perfeição terrena
Catarros se lançam ao vento
Sobre íngremes copas de Helena.
Internado no furo acima do peito
Reprova-se a imprudência
Carente no torpor da convivência
Calor moribundo no leito.
Inspira e solta o excremento petrificado
De coisas que mordem, deitam e nos deixam de lado.