VIRGENS PALAVRAS

Toda a pureza que agora encontrei,

naquela fase, outrora ingênua,

singelo verbo que se fez carne,

a inocente deflorada em minha escrita.

Virgens palavras onde me distraio,

cultivando meus dogmas e versos,

minha singeleza e grande afeto

a língua mãe que donzela viceja.

Não vem de "virgo" a tal beleza,

pois, ali se confere a pureza

da rapariga ainda intacta.

Vem da alma que enleva a arte,

do nobre escriba, do douto mensageiro,

da sutileza autoral onde o poeta graceja.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 27/04/2010
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