Soneto do Homem Fraco

No beijo fenece putredínea horta

Estro de estrela desleixada e tonta

Grotesca masmorra de janela morta

Faria teu gado, minha eterna monta.

Trançaria as pernas sem pelegos

Na saliva, suscitados gases galegos

Geologia que, ontem, fez-la mulher

Coriza a preencher pronta colher.

Esquenta o banjo, vai ao estopim

Leda riqueza querendo tudo de mim

Açoite trama, atravessa o bandolim.

Que fazer se me apetece a luxúria?

Arrumo mala com a ceroula do varal

E sigo a pele com desmesurada fúria.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/08/2006
Código do texto: T222406
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