Soneto de incerteza
Me conte, anjo, se foi real o sonho
A noite vivida com estranhos sons
A luz da noite, da noite fugia
E de todo púrpura se fez o tom!
Do sonho do brilho dos olhos da incerteza
Do sorriso da sedução se fez desejo
E de abraçar assim teus braços que o canto
Não mais cantava de tamanho enlevo
Me conte do beijo beijado na boca santa
Do sabor sugado que tanto me invade
E de esperar esperar esperar... que a espera é tanta
Que já nem sei se sinto no peito saudade
Do real momento do sonho... que o sonho
Já nem o sei se foi sonhado ou verdade!