Eu tenho um mundo de ternura,
Envolto em lenço de cambraia,
Dobrei-o nos quatros cantos
Para que a ternura não se esvaia!

Foi numa caixinha de prata,
Onde singela a guardei,
Perdi a chave, em certa data,
Nunca mais a encontrei!

Meus olhos perderam a graça,
Que a idade não perdoa e passa,
Fiquei triste e amargurada,

Sem poder a caixa abrir,
minh' alma deixou de sorrir,
E perece fria no nada!
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 24/08/2006
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T223956
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.