CURIOSIDADE

Ah! Já disseram que a curiosidade mata,

mas este desejo, de pecado aparente,

não é vício ou defeito, mas virtude inata,

que em todo lugar nasce e morre com a gente!

Ah! Quem não quer saber da mulher que maltrata

o grande amor que o apaixonado bardo sente?

Quem não quer saber da historia de amor exata

entre o vate que chora e a musa que mente?

Todos... Até eu! Porque não tu amiga Iza?

Natural curiosidade, doce poetisa,

não é segredo algum nem cantar de menestrel:

-A musa que eu canto e que me arranca tantos ais,

não maltratou-me, não me mentiu nunca, jamais

nos lindos versos que me manda lá do céu!

Às grandes amigas e eximias poetisas, Iza Klipel e Maria José Zanini, com o maior carinho.

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 25/08/2006
Reeditado em 09/08/2019
Código do texto: T225264
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