A espera

A espera inconsciente...

Tarde lenta incontinente

Marco passos, sons da rua.

Luzes revelam noite nua

Fico cá, dentro – lá fora.

Levanto, sento, abro fecho porta.

A rua cai em sombras, Finda o dia.

A espera já consciente... Ânsia.

Fico a vê de ouvidos compridos

Passos... Carros... Coletivos...

A espera finda com alaridos no portão

Devolvo-me consciência e razão...

Nos braços mudos da solidão

Aqui onde abismo....