Soneto de deixar-se ser amado

Eu não sei ser amada, vos confesso

É desse mal que morre a alma minha

E de aprender o tal amor, que Amor

Já desvanece o coração... e tal definha

É de não saber amada ser que o pranto

Não para de prantear dos olhos da tristeza

É de não saber amada ser que o amor

Nem me deixa, nem me conduz! Só incerteza...

É que na vida apenas uma coisa se aprende

A amar... E é tanto meu triste padecer

Que nada mais ao amor me rende!

E de tanto tentar as tentativas... e só sofrer

Que não aprendo a amar e pior que tente

Não aprendo a me deixar amada ser!

dhália
Enviado por dhália em 26/08/2006
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