Soneto de deixar-se ser amado
Eu não sei ser amada, vos confesso
É desse mal que morre a alma minha
E de aprender o tal amor, que Amor
Já desvanece o coração... e tal definha
É de não saber amada ser que o pranto
Não para de prantear dos olhos da tristeza
É de não saber amada ser que o amor
Nem me deixa, nem me conduz! Só incerteza...
É que na vida apenas uma coisa se aprende
A amar... E é tanto meu triste padecer
Que nada mais ao amor me rende!
E de tanto tentar as tentativas... e só sofrer
Que não aprendo a amar e pior que tente
Não aprendo a me deixar amada ser!