SONETO DE CULPA
Me atravessam o fio de mil espadas
Preenchendo o vazio do coração
Tão cheio já de dor e depressão
Quais vermes corroendo-me as ossadas
Rio de morte em extrema escuridão
A mesma cova onde jaz sepultadas
Infindas almas não realizadas
Entregues à constante punição
Que sofrer tão intenso de tortura
De um sentir tão incerto que perdura
Mas distante, me amargo em solidão
Quisera eu minha carne esfaquear
Dessa forma a nós dois aliviar
Da angústia que nos traz desunião