SONETO DE CULPA

Me atravessam o fio de mil espadas

Preenchendo o vazio do coração

Tão cheio já de dor e depressão

Quais vermes corroendo-me as ossadas

Rio de morte em extrema escuridão

A mesma cova onde jaz sepultadas

Infindas almas não realizadas

Entregues à constante punição

Que sofrer tão intenso de tortura

De um sentir tão incerto que perdura

Mas distante, me amargo em solidão

Quisera eu minha carne esfaquear

Dessa forma a nós dois aliviar

Da angústia que nos traz desunião

Daniel C Rodrigues
Enviado por Daniel C Rodrigues em 15/05/2010
Reeditado em 16/05/2010
Código do texto: T2259592
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