Flores do deserto
Os desertos do eu poeta, intactos.
São poemas inacabados tortos
Que em páginas não se agrupam
Que do peito não se arrancam
Nem a morte os exaltam.
Nem a vida os completam.
Versos que nunca dizem o que sinto
-e, se os completo, minto.
Flores do deserto, rosas apetecidas.
A dor fica vagabunda e bela
Entre meus dedos de barco à vela
E não importa, mas o que diga.
Tudo é cansaço tudo é fadiga
Nesse deserto que é a vida