SONETO DE OUTONO

A brisa quente chega enfim tão diferente

Mais uma árvore encontrei tão caprichosa

Com seu verão de despedida e tão vaidosa

Desnuda ao vento sob o olhar do dia quente

E o camponês esmaga a folha em sua mão

Que já bem seca ao seu calor de todo dia

Qual vento leva e trás, tanta harmonia

São folhas secas espalhadas pelo chão

E pelas praças os passarinhos se mudando

E na fazenda de galho em galho nas plantinhas

O rouxinol avisa que o outono está chegando

E já mais tarde as revoadas e flores nas pracinhas

A natureza encanta e tão humilde vai mostrando

Que o outono parte com o adeus das andorinhas.