soneto brasiliense

é possível na claridade

desenhar seu rosto e desdenhar

sua face e depois com palavras doces

tecer o templo e o engôdo

é possível na claridade

ser igual aos outros e ao mesmo tempo

totalmente diferente é possível

na claridade ser poeta e assaltante

e deflorar inocentemente

a consciência alheia e a própria

mas no escuro na escuridão sem maquilagem

o brilho interior não mente e a luz

do coração revela-se e revela

a imundície da alma e das ideias

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 18/05/2010
Reeditado em 02/11/2010
Código do texto: T2263748
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