Dilacerado
Há uma solidão em minha alma
que surgiu infalível como câncer
consumiu todos os sentimentos
e me transformou em um bicho
Urro um bramido forte e seco
que ressuscita na corda bamba
e que traz consigo, muita dor
para explodir aos quatro cantos
Digo, não quero mais esta vida
choro, para eternidades vazias
imploro, que me assalte a morte
A errar sobre a terra, defunto
na noite perpétua, há de procurar
catre de pedra, e lençol de grama.
Obs: Soneto selecionado para fazer parte da Antologia "Os Mais Belos Poemas de Amor" da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores – A ser publicado em Maio de 2007
http://www.camarabrasileira.com:80/osmaisbelospoemas2007.htm