Dilacerado

Há uma solidão em minha alma

que surgiu infalível como câncer

consumiu todos os sentimentos

e me transformou em um bicho

Urro um bramido forte e seco

que ressuscita na corda bamba

e que traz consigo, muita dor

para explodir aos quatro cantos

Digo, não quero mais esta vida

choro, para eternidades vazias

imploro, que me assalte a morte

A errar sobre a terra, defunto

na noite perpétua, há de procurar

catre de pedra, e lençol de grama.

Obs: Soneto selecionado para fazer parte da Antologia "Os Mais Belos Poemas de Amor" da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores – A ser publicado em Maio de 2007

http://www.camarabrasileira.com:80/osmaisbelospoemas2007.htm

Heli de Abreu
Enviado por Heli de Abreu em 27/08/2006
Reeditado em 26/04/2007
Código do texto: T226825