Soneto da ruptura

Teus olhos foram meus olhos durante

Quatro longos anos em que te amei.

Até o rechaço nunca esquecerei,

Quando ainda aspirava a ser teu amante.

Inaudita, cruel, desesperante,

Foi então a notícia que não antecipei.

Se lhe devo aceitar o fim, não sei,

Que há de nossos planos abundantes?

Então tudo foi já findo, por quê?

Dizes resposta não há, resta ceder

O amor à solidão, se arrefecer.

Tuas cartas trazem felicidade,

Alívio; saber, pelo menos, que

Da relação restou nossa amizade.

Cirilo
Enviado por Cirilo em 28/08/2006
Reeditado em 12/04/2009
Código do texto: T226872