Soneto Acróstico

Nós somos únicos, selvagens raros,

Outras espécies extinguiram-se.

Vilipendiadas por cem ciclos saros,

Oito e dez anos eclipsaram-se.

A nossa novidade sem preparos,

Mais rara a dia cada, desvanece.

Outrora oferecido, agora caro,

Relíquia achar amar que permanece.

Seiscentos anos poderão passar,

E passarão tal vôo veloz de açor

Menino, moço jovem e superno.

Far-se-ão mil cantigas a corar,

Içar a voz em grito aclamador:

‘Mirai! É sem fim o novo amor, é eterno!’

Cirilo
Enviado por Cirilo em 29/08/2006
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T227644