Soneto Acróstico
Nós somos únicos, selvagens raros,
Outras espécies extinguiram-se.
Vilipendiadas por cem ciclos saros,
Oito e dez anos eclipsaram-se.
A nossa novidade sem preparos,
Mais rara a dia cada, desvanece.
Outrora oferecido, agora caro,
Relíquia achar amar que permanece.
Seiscentos anos poderão passar,
E passarão tal vôo veloz de açor
Menino, moço jovem e superno.
Far-se-ão mil cantigas a corar,
Içar a voz em grito aclamador:
‘Mirai! É sem fim o novo amor, é eterno!’