Metáfora em mim
Nessa similaridade contínua
Que justapõe espaços e medos
Que revela o subjetivo, a coisa
Me perco em seus beijos
E não posso ser traço, nem linha
Por isso me deixo submersa e fria
Me escondo, em partes, em metonímia
Esfrio minha alma quente (que ainda te sente)
Enfrento dias cortantes, mordentes, pávidos
entre ilusões e lembranças, entre versos e esquecimentos
e sutilmente te monto em um texto, de significação incerta
Imploro por um processo revulsivo, tenso, louco
Que me deixe livre de escritos e tolos pensamentos
E que eu volte a criar sem tua presença, essa, tão dileta!