soneto pós-moderno pragmático

a quem pertence o mar?

a quem pertence o medo?

quem é que ocupa o trono

onde estão todos-todos todos mesmo!-os sonhos?

(tudo que digo desliza

entre o silencio e a dúvida

tudo que faço resvala

na mesquinha concretude e na impossibilidade pratica)

e assim os desejos se debatem

nesta pandora nesta armadilha de ossos

músculos vísceras idéias e preguiça

só aqui o socialismo resiste e desabrocha

o mar o medo a alegria a morte a inércia os pesadelos

não têm dono são todos-igualmente-nossos

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 25/05/2010
Código do texto: T2278183
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