soneto da chuva

a chuva cheira à infância

principalmente quando molha

a terra a alma e desenha

no vidro da janela

arabescos mandalas ideogramas

de ar e agua a chuva

agasalha e acalenta as sementes

as teias os casulos e as crisálidas

a chuva acorda

os insetos os brotos a grama

a chuva acaricia

as arvores e as casas a chuva

desce e sobe a chuva

é luz condensada

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 27/05/2010
Reeditado em 31/08/2013
Código do texto: T2282693
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