Soneto da noiva do meu amigo
Você quer anelá-lo pra anulá-lo,
Ah! Mas eu a peguei em flagra mulher.
Desmesurado o afã seu a sujeitá-lo,
Tal o meu de impedi-la se puder.
Tão tolo ele, logrou apaixoná-lo,
Gato e sapato, faz dele o que quer.
Mas inegável é que homem qualquer
Quereria perder-se no seu embalo.
Menina feiticeira, xerazade,
Seduziu-me também seu amor carnal!
Sucumbi à pele sua de animal.
Estou a amá-la, você quem foi o inimigo...
Mas e agora, o que vai ser da amizade
Quando contar-lhe isto a nosso amigo?