Soneto da noiva do meu amigo

Você quer anelá-lo pra anulá-lo,

Ah! Mas eu a peguei em flagra mulher.

Desmesurado o afã seu a sujeitá-lo,

Tal o meu de impedi-la se puder.

Tão tolo ele, logrou apaixoná-lo,

Gato e sapato, faz dele o que quer.

Mas inegável é que homem qualquer

Quereria perder-se no seu embalo.

Menina feiticeira, xerazade,

Seduziu-me também seu amor carnal!

Sucumbi à pele sua de animal.

Estou a amá-la, você quem foi o inimigo...

Mas e agora, o que vai ser da amizade

Quando contar-lhe isto a nosso amigo?

Cirilo
Enviado por Cirilo em 29/08/2006
Reeditado em 28/10/2015
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