Suplício

Doce loucura, num pranto matiz;

E neste malferido vis-à-vis.

Minh’alma sente o frio;

Deste devaneio tardio.

No amargor da realidade;

Aberta a chaga da vaidade.

Um ato néscio, mas eterno;

Que me condena ao inferno.

Nas brumas do pensamento;

Recordo-me do momento.

Do arrependimento sombrio;

Do melancólico calafrio.

Pérfida lucidez

Desta louca absurdez.

Hector Tadeu
Enviado por Hector Tadeu em 30/08/2006
Código do texto: T228463