QUASE NADA, SÓ CARINHO


Estava eu numa loja dessas que vendem brinquedos
De repente depareime-me com uma criança triste
Que chorava silenciosa como se não existisse
E dirigi-me até ela para saber qual o segredo...

Seu rosto banhado em lágrimas tão somente me fitou
Ela queria um carrinho que mesmo com todo amor
Carinho e dedicação a mãe não pode lhe dar
Apontando com o dedinho o que pode ganhar.

Era algo tão baratinho, mas a mãe tinha tão pouco
Sobrava-lhe quase nada, tinha que comprar o pão
Havia comprado um leite, para o pão só tinha o troco.

Para aquela mãe tão pobre, mas que era toda carinho
Não lhe sobravam uns cobres somente desolação
Seu gesto me comoveu e comprei-lhe o tal carrinho.



Brasília,28/05/2010