soneto de natal

o azul quando atravessa

as nuvens as dúvidas e pousa

entre as pedras na palavra

sua luz assim despida

todas as tardes se parecem e convergem

para o verão que houve e opera

a transfiguração da angustia e das perdas

em estrelas na claridade

este azul então dissolve

os espinhos e a cruz em volta

das rosas que sangram e sonham e faz

na treva mais espessa

na profunda meia-noite a aurora

permanecer sempre acessa

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 02/06/2010
Código do texto: T2294656
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