Malabarista
Ficava ali pela rua,
Alegria de quem passava,
E quem estava ficava,
Via o artista na cidade nua.
Equilibrava a vida com talento,
Ludibriava o azar na constante luta,
Amenizava a existência bruta,
Na tênue linha do momento.
O lutador sempre encontrava um meio,
Eis que certo dia ele não veio,
E seus irmãos choraram sua ausência...
O coração do malabarista parou,
Não quis saber o quanto o dono brigou,
Deixando só saudade, sem clemência.
Vá em paz irmão.