Retorno

Caem no chão as folhas deste ambiente,

Que partem ao solo a dar nova vida,

Oposto do corpo que pousa à minha frente

Que adentra à terra tal qual uma ferida,

Ferida aberta, que traz impureza,

De tanta impureza, envenena a terra,

E na tua alma, a dor e tristeza,

Que um dia causaste, e agora te infesta,

Teu sorriso falso agora se extingue,

Palavras profanas não mais me atingem,

Da foice de trevas sofrestes o corte,

Então cai teu espírito em lago de fogo,

Arda incandescente, sem mostrar remorso,

O que destes na vida, que sofras na morte.

Sapo
Enviado por Sapo em 01/09/2006
Código do texto: T230305