Natureza

Dilata o ventre, nasce a Vida,

Vida tão bela, tão logo sumida,

dentre seus filhos, há um que se rebela,

o homem, maldito, que a Vida encerra,

Nasce a arrogância, "somos racionais,

a Vida é repleta de coisas banais,

não há Natureza que possa impedir,

nós, homens, estamos sempre a evoluir",

Do verde ao cinza, nasce o progresso,

De cega euforia não vêem o regresso,

Desperta na Mãe o sentir da vingança,

Afogue e queime seus filhos rebeldes,

ó, Gaia, reviva paisagens silvestres,

Mesmo sem o homem, a Terra ainda dança.

Sapo
Enviado por Sapo em 03/09/2006
Código do texto: T231748