Soneto de Amor I
Me desafogo no clichê do seu sorriso
E procuro em dicionário as palavras a te compor
É infinito o amor... é sempre à primeira vista
À primeira palavra que os olhos escutam cor
Esse amor que me aquiesce, me aquieta, me consente
Esse amor que nada sei, nem sei o nome
À primeira chama, à primeira dor... que me atassalha
Esse amor de tão amor que me consome!
No antes inócuo peito só amor e remancha, remanesce
Deste que me embriaga, me resili, me respira o pensamento
Que nem sinto ou se sinto o sentir o desconhece
Desse que voa, voa... em tanto vão santo momento
Em metáforas vazias meu sorriso eterniza, eternece
Da poesia que me emenda e me completa o sentimento!