Soneto de triste amor

Chegas, mal amado... em casa com um beijo

Chego eu, desesperança... com o coração partido!

Perguntam-me se terá sido válido o amor

Desse amor que me tenho do peito banido!

Pensarão as estrelas que são eternas somente em ti

E me dissipo em meio ao vazio que me habita

Pensarão as estrelas ser amor qual borboleta

E me entrego na entrega que me doa... me sacrifica!

Antes não existisse esse tão insípido sentimento

Paradoxo que me nutri e consome onde vou

Incerteza arredia que desprotege a alma em tal tormento

E confesso ser eu, humilde amante, pecador

Desse amor que me alforria, interrompe... alimento

De um sonhar no sonhar de um mais belo vôo!

dhália
Enviado por dhália em 04/09/2006
Código do texto: T232890