Soneto de triste amor
Chegas, mal amado... em casa com um beijo
Chego eu, desesperança... com o coração partido!
Perguntam-me se terá sido válido o amor
Desse amor que me tenho do peito banido!
Pensarão as estrelas que são eternas somente em ti
E me dissipo em meio ao vazio que me habita
Pensarão as estrelas ser amor qual borboleta
E me entrego na entrega que me doa... me sacrifica!
Antes não existisse esse tão insípido sentimento
Paradoxo que me nutri e consome onde vou
Incerteza arredia que desprotege a alma em tal tormento
E confesso ser eu, humilde amante, pecador
Desse amor que me alforria, interrompe... alimento
De um sonhar no sonhar de um mais belo vôo!