Soneto de efemeridade
Onde, segredem-me as estrelas, começa a felicidade?
Onde exatamente, em que ponto, a felicidade começa?
Começaria com o amor? Com um sorriso indeciso?
Depois da vida é preciso suportar as horas... com pressa!
A vida, como a conheço, abandona-me!
Para amá-la é preciso conhecer a vida
É preciso encará-la de frente, sempre
Conhecer bem a vida para odiá-la... Chamar-lhe amiga!
Sempre existirão os anos... sempre
Sempre existirá o amor... sempre
Sempre existirão as horas!
As horas onde a mais profunda tristeza alimenta-me
As horas em que me dissipo e amo-te
As horas em que penso em ti... e que passam!