Soneto do dia que não se esquece

Rogo aos céus que tu não te esqueças

Dessa data tão guarida

Porque por representar-me a própria vida

Lembra-la apenas pro perdão me basta!

Tenho andado, tu bem sabes, mui tristonho

E para abrandar-me tamanho pranto

De tudo que mais me espanto

É que tu me possas saudar

Tu lembrar-te-ás, lê a dita

Onde escrevestes colossal tesouro

Vem cantar-me esta escrita!

Vem mostrar a esse pobre enfermo

Que inda tem valor a vida

E salvação o amor verdadeiro!

dhália
Enviado por dhália em 06/09/2006
Código do texto: T234282