Soneto de fúria

A beleza é a feiúra;

A feiúra é o normal;

A sua face não responde o valor da altura

E a mascara de fantasma que trago no rosto é banal.

Não posso massacrar o teu belo rosto pedestal,

Mas por outro lado posso me calar.

Por que os seus dias de glorias estão no final,

Já que ninguém quer mais te adorar.

Sinta-se o máximo das tormentas,

Pois os pássaros passarão a te usar

Como um lindo deposito de excremento.

As lágrimas rolarão pelo seu rosto,

Talvez em forma de fezes perfumadas

E a noite meu gozo sentirá o seu belo gosto.

Edmir Junior
Enviado por Edmir Junior em 07/09/2006
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