A VOZ DO CORAÇÃO
Tolo, julgava eu ter, até outrora,
No peito uma blindagem intransponível,
Mas, quando contemplei teu rosto níveo,
Não tive resistência, minha senhora.
Fiquei enamorado nesta hora:
Senti no peito uma dor terrível,
Porque, tal sentimento, nunca tive-o
E assim não conseguia o pôr p’ra fora.
Para escapar deste atroz dilema
À razão eu pedi então ajuda.
Tentei! Tentei... mas tudo foi em vão.
Desisti de encarar como problema
O amor, então minha boca ficou muda
E a ti falei com a voz do coração.