Soneto da renúncia

Renunciar! Renunciar eu devo!

A ti que foste minha, tão só minha!

Minha amiga fiel, meu só desejo...

Te conquistei, te amei, ó menininha!

Para mim já encontraste meu relevo,

Quieto sucumbirei sem fazer rinha...

Não poderei fingir porém, elevo-te

Em pedestal ainda, tal rainha!

Sonho-te todas noites, eu te sonho!

Não quereria não dormir sem tua

Presença em meu pensar, menina nua!

Só faço te lembrar, torno enfadonho

Quando outras me perguntam, se te penso?

Devo mentir, faço sorrir, e esqueço...

Cirilo
Enviado por Cirilo em 09/09/2006
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T235924