Soneto da renúncia
Renunciar! Renunciar eu devo!
A ti que foste minha, tão só minha!
Minha amiga fiel, meu só desejo...
Te conquistei, te amei, ó menininha!
Para mim já encontraste meu relevo,
Quieto sucumbirei sem fazer rinha...
Não poderei fingir porém, elevo-te
Em pedestal ainda, tal rainha!
Sonho-te todas noites, eu te sonho!
Não quereria não dormir sem tua
Presença em meu pensar, menina nua!
Só faço te lembrar, torno enfadonho
Quando outras me perguntam, se te penso?
Devo mentir, faço sorrir, e esqueço...