SONETO DO "ENFIM SÓS"


 

Se os que se amam, se aproximam, juntos vivem
Até que a morte os separe, fôra dito
Sem apelações, também, eu te repito
Sem ser metade, do inteiro, que se privem

Que se privem um do outro, até a morte
Na liberdade da metade, em rebeldia
No direito de ter a própria sorte
Sem dividir, sequer, uma alegria

Uma vida nos separa, e eu na espera
Me conformo então, nesse, "Ai, quem dera!"
De formamos, enfim, o próprio ninho

Um só acordo, te proponho, antes que eu morra
Juntos estarmos, enfim, na última alcôva
Se na vida me privei, dos teus carinhos...


                    
(Em homenagem aos amores não-correspondidos)
Graciley Vieira Alves
Enviado por Graciley Vieira Alves em 09/07/2010
Reeditado em 21/07/2010
Código do texto: T2367097
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