Lápis e borracha.

O papel aguarda, alvo como a neve.

Ele encerra lívido tudo que vem...

Ele está apto, prestes a dessabrochar...

Transbordante de mel e fel.

Ele quer que haja vida, a brotar...

Em sua quietude tão igual.

E o lápis repousa absoluto em seu lugar.

A borracha parece observá-los nestra luta...

Ela é uma festa só, sabe que sua função...

Será de apagadora, e reconstrutora...

Das mais raras obras....poéticas.

Mas chega o escritor dizendo e fazendo...

Com sua agilidade ... e ordenança...

Pega o lápis, e sobre o papel...o lança... irrompendo-o!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 12/07/2010
Código do texto: T2373592
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.