Soneto à deriva

Vento, traz-me a canoa de volta

Que anda à deriva no mar

Quem lá vai dentro não sabe remar

E em mim já cresce essa revolta

Vento, tu que arrastas as marés

Que devastas tudo em teu redor

Tu que serás sempre a força maior

Poupa-me a essa dor, por quem és

Vento, nada que me possas dizer

Pode atenuar esta minha angústia

Suplico-te, acaba com o meu sofrer

Vento, traz de volta o meu amor

Sei que não fazes milagres

Resgata-o das ondas em furor

Fana
Enviado por Fana em 12/07/2010
Código do texto: T2373748
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