Vastidão da dor

Na vastidão da minha dor, me enfronho pelo destino.

Na colina eu alcanço meu descanso.

Sou preciso, quando vejo os ataúdes, lanço-me no espaço.

Resta a mim, alguns passados, exatos.

Na vastidão do efêmero passo, eu assobio para a morte.

E como clarão...eu lampejo...

Não tem jeito, eu sobrevivi.

Mas não esqueço, que não morri...

É aí que penso...que só existir...agora...

Constitui o maior castigo...e xingo...

O meu viver, nunca o festejo...

Sou lenta e eterna agonia, perante...

O rio, ou a pedra, que continuam, sem ele...

O seu trajeteto milenar; e quase extinta, choro.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 19/07/2010
Código do texto: T2386374
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.