Grande Amor

Grande amor que do sono vai ao sonho

Lá está ele, mesmo tempo, mesma hora

Na esperança de um amanhã risonho

Exala um tempo que não é de agora

Sob plátanos amarelados de outono

Ilumina-se a treva, e o espaço

Braços abertos para o abandono

No eterno adeus de imenso abraço

Sina que fecha os olhos da tristeza

É como dor de ver a vida partindo

Chorar igual animal sem defesa

Sufocar soluços sem a alma fender

Em realidade, drástica e cruel

Solução não há, é matar ou morrer

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 23/07/2010
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