Paradeiro do poeta

Do meu peito à folha caminho sinuoso,

De cicatrizes e amores se faz a trilha,

Entre o sublime e o mundano jaz partilha,

E de feridas abertas existe o gozo.

Um medo atormenta momento presente,

Não receio que meus versos mudem,

Tenho pavor de que não escutem,

Os gritos que povoam minha mente.

Vozes que querem ser escutadas,

Que no limbo espectral foram deixadas,

Sussurros mudos de almas destruídas.

O legado deve ser deixado de antemão,

Pois se o poeta morrer, então,

Se tornará páginas escritas.

Raoni Barone
Enviado por Raoni Barone em 24/07/2010
Código do texto: T2397491
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.