TATUAGEM

Meu nome num poema não diviso
Nem decifro o enigma dessa esfinge
Que me borda um xadrez na ideia e cinge
Um verso misterioso e tão conciso.

Deixaste-me a razão de sobreaviso
E a minha lucidez já se restringe
À dúvida do ser n’alma que finge
Buscando ver-me, perco-me indeciso.

Porém, só uma certeza em mim persiste:
Poesia és tu, que és borboleta nua
Enigma inspiração que vem e some.

Se é teu este poema a mim consiste
Tatuar este segredo à pele tua
Pois que o soneto já contém meu nome.

LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 25/07/2010
Reeditado em 25/07/2010
Código do texto: T2398221
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