Soneto de amor como pecado
E eu que já estava apaixonada por pensar-te
Eu que tão apenas em pobre palácio o desejei...
...amor, palavra inventada por moças românticas
Eu, tolo romântico... de acreditar no amor, acreditei!
De onde me veio o pecado de pecar-te?
Deste pecado pelo qual confesso ser vil pecador
De te amar, e só amar-te
E estilhaçar o coração com tal fulgor!
Matem-me as mil maldições de amor negado
Que se na terra amor houver, é só cilada
Que se na terra amor houver, é só pecado!
Felicidade já tanto a trago esperada
É te amar... e só amar-te amor alado
Que me invadiu, e fez de mim morada!