Soneto de amor que desiste

Mas quê? Desistir assim de teu bem?

Nesta bem-aventurança não acreditas?

Desse sonho que tantas vezes sonhado foi...

Agora não mais sonho te palpita

Tornou-se real, por fim, o bem amor

E vais tão logo desistir, infame apaixonado?

Se há tanto tempo fez-te bravo guerreiro

E te esqueces que não morre amor alimentado!

Não te vás agora porque tenho...

Por essa penosa hora me empenho

Não desistas do troféu, teu prêmio!

Se tanto lutastes, te segredo, tu vences

Não parte, não sangra... não fere o coração

Porque ele, do amor pesado, já ti pertence!

dhália
Enviado por dhália em 14/09/2006
Código do texto: T240271